Sabe qual o papel da nutrição na prevenção e controlo da hipertensão? Descubra tudo neste artigo!
Mundialmente, milhões de vidas são ceifadas devido à tensão arterial elevada. Mais de metade dos ataques cardíacos e doenças coronárias e arteriais surgem como efeito da hipertensão e, por isso, é importante estar alerta para este fator de risco tão prevalente na sociedade moderna.
As alterações do estilo de vida são uma componente critica no tratamento da hipertensão, não só para evitar que os valores agravem e melhorar a qualidade de vida, como para assegurar uma correta eficácia da medicação prescrita pelo médico que faz o acompanhamento. Por exemplo, pessoas que sofram de obesidade, apneia do sono, e façam um consumo excessivo de álcool, sal e tabaco terão uma resposta diminuída à terapêutica farmacológica anti-hipertensiva.
Deste modo, a cessão tabágica e alcoólica, a prática de atividade física e algumas alterações alimentares são de extrema importância. E é aqui que entra o papel do nutricionista: orientar as escolhas alimentares para reduzir a tensão arterial, mantendo-a prazerosa e nutricionalmente equilibrada e adaptada a cada pessoa.
A alimentação de uma pessoa que sofra de hipertensão ou que tenha fatores de risco para, no futuro, a desenvolver deve seguir os princípios da chamada dieta DASH (chamada Dietary Approaches to Stop Hypertension):
Aumentar o consumo de fruta e legumes diariamente (4-5 porções por dia)
Apostar em produtos lácteos magros, como iogurte, leite e queijos, de forma a reduzir o consumo de gorduras saturadas diariamente (2-3 porções por dia)
Apostar em cereais mais integrais: pão integral, flocos de aveia, arroz e massa integral
Consumir leguminosas como fonte de fibra, hidratos de carbono mais complexos e proteínas vegetais
Evitar o consumo de alimentos ricos em sal e ultraprocessados como bolachas, produtos de charcutaria, folhados, entre outros
Optar por carnes magras e evitar a fritura para as confecionar. Preferir o peixe ou proteínas de origem vegetal
Consumir frutos oleaginosos, como nozes, amêndoas, sementes sempre sem sal (4 vezes por semana)
Evitar doces e sobremesas, como compotas, gelados, açúcar, xaropes, entre outros
O nutricionista também irá ser um apoio imprescindível no processo de perda de peso, caso este seja necessário. Idealmente, o peso da pessoa que sofre de hipertensão, ou que apresenta outros fatores de risco para a desenvolver, deve almejar enquadrar-se num Índice de Massa Corporal (IMC) entre os 18,5-24,9kg/m2 calculando o peso (kg) sobre a altura (m) ao quadrado e o perímetro da cintura deverá estar abaixo dos 102cm para homem e abaixo de 88cm no caso das mulheres.
Por fim, um dos fatores mais importantes na gestão da tensão arterial é o consumo de sal. Este não deve exceder as 3-5g diárias (aproximadamente uma colher de café). De forma a tornar a alimentação mais apelativa, alternativas ao sal poderão ser discutidas em consulta de nutrição.
A nutrição é importante na hipertensão porque:
As alterações alimentares são essenciais na prevenção da hipertensão e no controlo da doença, caso já esteja instalada
Aumenta a eficácia da terapia farmacológica anti-hipertensiva
Melhora a qualidade de vida e aumenta a sua longevidade
Artigo escrito por:
Nutricionista Carolina Pinto
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